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  • Foto do escritorPatrícia Almeida Oliveira

Nutrição na Mulher

Atualizado: 10 de mai. de 2020

Sabia que a mulher precisa de uma educação alimentar direccionada para cada uma das fases do ciclo de vida, uma vez que em cada uma destas etapas existem necessidades nutricionais diferentes?

 

1. Criança

O bebe tem todos os nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento provenientes do leite materno ou de fórmulas infantis adequadas até aos 6-7 meses, altura em que se inicia a introdução de alimentos. Em Portugal a preocupação com o excesso de peso e obesidade começam cedo, a partir deste período entre os 6 e 9 meses. Após os 14 meses, o bebé começa a estar preparado para ingressar na alimentação da sua família. Mais tarde, na idade pré-escolar e escolar, há nutrientes que se tornam cruciais para que a criança tenha um desenvolvimento físico e mental e desempenho escolar óptimos, como por exemplo o cálcio, magnésio, ferro, vitamina C ou os conhecidos "ómega-3".

Cada uma destas fases apresenta as suas particularidades que daria informação suficiente para um post sobre cada uma. Porém, toda esta linha temporal da alimentação do bebé e da criança apresenta, entre outras, duas componentes transversais - a nutricional e a educacional/comportamental - e ambas são fortemente influenciadas pela alimentação familiar que servirá de exemplo para a criança.

 

2. Adolescência

Na adolescência ocorrem alterações a nível físico (altura, peso, gordura, menstruação) e emocional (o que pensam sobre si e sobre o mundo que o rodeia) e que levam à construção da personalidade. Nesta etapa existem necessidades nutricionais de energia aumentadas associadas à maturação, crescimento e actividade física, com alguma necessidade de atenção a vitaminas e minerais como cálcio, ferro e zinco.

Adicionalmente, dá-se o início da independência de comportamentos e que se reflecte nos comportamentos alimentares, por exemplo, na compra de snacks, fast-food ou bebidas e na escola. Existem alguns comportamentos para os quais se deve estar atento, como o vegetarianismo, a realização de dietas restritivas, a existência de doenças prévias como diabetes ou alergias alimentares, o aparecimento da anemia associado à menstruação, o consumo de álcool ou uso de suplementos.

 

3. Gravidez e Amamentação

Antes da gravidez em si, existe uma fase conhecida como a de pré-concepção e que é de muita importância para a gestação uma vez que esta fase determina as reservas nutricionais que a futura mãe terá para dar nutrientes essenciais à formação do bebe. Esta fase coincide com o início do conceito de Nutrição nos 1.000 dias de vida: um janela de oportunidade ímpar na optimização do crescimento e desenvolvimento, bem como na modelação da saúde futura. Existem alguns conselhos para esta fase, como a correta gestão do peso, a correcção de desequilibrios nutricionais ou a avaliação do risco de desenvolver algumas doenças como hipertensão, diabetes ou obesidade.

A gravidez é uma fase muito especial em que o organismo vai dar nutrientes essenciais para a formação do bebé. Durante a gravidez, há alimentos a colocar de parte como os estimulantes do metabolismo (café, chá preto/verde, chocolate, laxantes, diuréticos) sendo também importante uma boa gestão do ganho de peso e a gestão de episódios de enjoo, nauseas ou desejos.

No pós-parto é importante sensibilizar para hábitos alimentares saudáveis no pós-parto, para que possam daí em diante evitar que a preocupação com a alimentação se limite a esta fase especial. A alimentação da mãe durante a amamentação influencia o leite produzido, sabendo que nesta altura os alimentos estimulantes devem continuar a ser evitados.

Nestas fases, torna-se essencial desmistificar conceitos e contrariar informações erradas que são disseminadas.

 

4. Menopausa

A menopausa provoca mudanças no corpo saúde da mulher, com alterações como a perda de tecido ósseo, aumento da massa gorda abdominal ou dificuldade na perda de peso.

Nesta altura, ter uma alimentação equilibrada e variada, praticar exercício físico de forma regular e fazer uma gestão de peso adequada são algumas acções a tomar, até de forma a prevenir a instalação de algumas doenças como a osteoporose.

A menopausa pode ser preparada em conjunto com profissionais de saúde como o nutricionista, médico de família, endocrinologista, ginecologista, médico de medicina desportiva e fisioterapeuta, acautelando a promoção de hábitos alimentares saudáveis e de actividade física, e o bem-estar da mulher.

 

5. +65 anos

À medida que os anos passam, alguns processos biológicos vão desacelerando, pelo que é importante manter-se um envelhecimento ativo. Algumas das alterações observadas passam pela perda de colagénio da pele, a perda de massa muscular, o aumento da gordura na zona abdominal ou a perda da sensação de desidratação e de paladar. A alimentação nesta etapa deve ser equilibrada e variada, dando ênfase a alimentos com proteína (como carne, peixe, ovos ou leguminosas, por exemplo), reduzindo o uso de sal e açúcar como forma de dar paladar aos alimentos e apostando numa ingestão de líquidos adequada. Também nesta altura podem estar presentes algumas doenças, como hipertensão, diabetes ou colesterol elevado. A alimentação deve também ser adaptada consoante a presença de patologia.

É importante dar ênfase a projectos de promoção de envelhecimento activo e saudável, que capacitem para as melhores escolhas de estilo de vida dentro das suas capacidades físicas, cognitivas e socio económicas.



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